O despertador tocou às 6h da manhã neste dia, custou? Nãooooo, New York aguardava-nos. íamos com todo o espírito, animadas e super ansiosas para começar a ver tudo e levámos uma grande chapada na cara quando abrimos a porta e estava a chover, olhámos uma para a outra e começámos a rir. Desta não estávamos à espera, pois não previsão meteorológica?!
A primeira paragem do dia foi num café/restaurante/loja de conveniência de comida aberto 24/7, e ficamos fãs, tanto que fomos lá tomar todos os pequenos-almoços. Tinha de tudo, smoothies, sumos naturais, bagels, ovos à escolha, panquecas, bolos, buffet de frutas, bowls, sushi, tacos, etc, etc, etc. Era bom, barato e perto, não tinha muito que enganar.
Uma vez que vivemos na Islândia, não há povo que não se vista mais apropriadamente para qualquer imprevisto meteorológico que este, por isso, a chuva não nos demoveu do nosso itinerário nem dos nossos planos, pelo menos não de todos. Resolvemos fazer tudo o que tínhamos pensado, excepto o ferry e a Estátua da Liberdade.
Dirigindo-nos à estação de metro, fomos observando os edifícios, encontrei um café a vender pastéis de nata e outras iguarias "tugas", alguma nostalgia aqui, vimos os típicos táxis amarelos, pessoas a ir para o trabalho, mas aquela correria e stress que eu esperava de New York não estava lá. Ao invés disso, encontrámos ruas com pouca gente, pouco trânsito, estradas maioritariamente de um sentido, e até bastante simpatia por parte dos famosos New Yorkers. Foi uma surpresa boa, devo dizer.
Chegámos então à mítica Grand Central Station, palco de inúmeros filmes que todos vimos, de amor, de perseguições, espiões, etc., senti-me pequenina, dentro do ecrã lá de casa, ao olhar aquele tecto maravilhoso cheio de constelações e estrelas, as janelas altas, as saídas para todas as linhas de comboio e metro, o lindo relógio onde foram feitas juras de amor eterno, mas também alguns corações foram quebrados por aquele que nunca chegou. Fomos também ao "Hall dos Sussurros", onde uma pessoa em cada canto diagonal oposto consegue ouvir o que a outra está a dizer no outro lado, mesmo que sussurrado, parece magia mas é uma simples questão de arquitectura e física (desculpem tirar o romance à cena, mas também não perde o encanto).
O metro chegou para nos levar a Brooklyn, mais concretamente a DUMBO (Down Under the Manhattan Bridge Overpass) e lá começámos por ir à famosa rua dos prédios de tijolinho laranja que faz um enquadramento super giro da ponte de Manhattan. Continuava a chuviscar, não havia ninguém na rua e pudemos tirar as nossas fotos à vontade, com nevoeiro a diminuir alguma visibilidade mas ainda assim ou até mais assim, a prestar umas condições mais interessantes para a fotografia. Explorámos um pouco a zona, a beira-rio, e finalmente começar a atravessar a pé a famosa ponte de Brooklyn. Adorei a ponte, no nevoeiro, sem deixar ver os arranha-céus que nos esperavam na outra margem, a arquitectura contrastava apenas com o branco que nos rodeava, deixando admirar ainda melhor os detalhes. Tirámos imensas fotos, de imensos ângulos e praticamente ninguém por ali andava, o que tornou a experiência de atravessar a ponte bastante tranquila e pacífica.
Já na outra margem encontrámos a City Hall, a Capela de S. Paulo, e o Ground Zero. A grandiosidade do local impressionou-me, tanto do local onde se encontravam as torres gémeas e agora a representar estão o que chamam duas piscinas gigantescas, os nomes das pessoas em volta, com a ocasional rosa branca da lembrança de alguém depositada em algum deles, até ao novo One World Trade Center, de tão alto não se via o topo devido ao nevoeiro. Construíram também um enorme centro comercial para substituir o que existia anteriormente e a parte de cima desde shopping é um edifício chamado Oculus, que alberga o terminal de transportes do World Trade Center.
Daí dirigimo-nos para os bairros e visitámos Chinatown, com as suas inúmeras lojas e restaurantes chineses, depois Little Italy, com 5000 restaurantes, todos anunciando ser o melhor com o melhor preço, mas onde efectivamente me deliciei com a melhor lasanha que alguma vez comi na vida no Zia Maria. Depois de um belo almoço e depois de ver tantos filmes e programas italianos, tive de provar os saborosos cannolis e foram aprovados.
O Soho foi o bairro seguinte, obviamente entrámos em todas aquelas lojas chiquérrimas, só para olhar claro, pois também são carérrimas!! ahah Fica para quando for uma pessoa rica, agora ainda sou só uma rica pessoa. :D
Do Soho fomos dar ao Washington Square Park, onde claramente tivemos que nos sentar uns 20 minutos pois os ricos pés já estavam bastante massacrados. Quem visitar New York prepare-se com o melhor calçado para andar cerca de 20 km por dia, sempre em pavimento direito, sem inclinação praticamente nenhuma. Acreditem! Vão agradecer ou sofrer.
Seguimos então para o próximo passo do nosso itinerário, o apartamento da Carrie Bradshaw, da série Sex and the City. Expectativas baixas minha gente, e passo a explicar, moram ali pessoas reais, que provavelmente estão fartinhas de ter mil pessoas por dia a espreitar a casa delas por fora, percebe-se porquê. Então, o que fizeram? Colocaram uma corrente, avisos e mais avisos nas janelas a pedir silêncio e respeito pelas pessoas que ali vivem. Por isso, se pensam lá ir, repensem, talvez não valha assim tanto a pena! :)
Seguimos caminho em direçcão à Highline, uma espécie de passadiço com jardins na zona oeste da cidade, passando pelo Chelsea Market, onde se encontrava uma linha de comboio que agora foi transformada. Infelizmente, devido aos ventos fortes, estava fechada neste dia.
Planos alterados novamente (e ainda bem, os nossos pés estavam completamente acabados), começámos a dirigir-nos para o hotel, mas escolhemos a rota que passaria pelo Flatiron Building. Actualmente está em obras e a fachada estava cheia de andaimes, pelo que a vista não foi assim muito impressionante. Ficará para repetir numa próxima visita! :)
Acabou assim o nosso dia preenchido, pois já não conseguíamos dar mais um passo, mas felizes por termos conseguido ver imensas coisas.
Kommentare