Estávamos a verificar o estado das tendas para o próximo Verão, uma tarefa que depois de feita mais de 1000 vezes nos últimos 3 anos já abomino, quando eu e a Ewa tivemos a ideia de ir a New York. Não sei se do cansaço do trabalho rotineiro, se dos dias com pouco sol ou das tempestades constantes deste Inverno, mas a ideia tornou-se tão atractiva que se tornou realidade em menos de uma semana (tínhamos de garantir um dia de folga e o ESTA para poder comprar o bilhete).
Tinha curiosidade em conhecer New York, mas na verdade não tinha grandes expectativas nem pressa para conhecer, mas uma vez que a oportunidade se apresentou, why not?
Chegámos quinta feira à tarde e tínhamos até domingo às 16h para ver tudo o que queríamos, acham que conseguimos?
Assim que chegámos, fomos logo chamadas à alfândega e porquê? Porque o senhor nos perguntou se tínhamos comida na mala e obviamente que tínhamos. Lá tivemos de o seguir, quase com o sentimento e o medo de quem leva droga na mochila, com direito a sentar naquelas salas brancas com câmaras à volta e avisos amarelos e vermelhos por todo o lado à espera que falassem connosco e nos revistassem as malas. No final de contas, eram super simpáticos, deixaram-nos ficar com as sandes da Islândia, mas ficaram com a minha banana Chiquita. Pobre banana. Sabem o que acontece a esta comida que eles apreendem? (Se souberem digam-me, gostava de saber se o destino é mesmo o lixo ou não).
Passado este incrível episódio, fomos apanhar o metro, que na verdade também é bastante incrível, sentimo-nos sempre seguras, foi fácil de navegar, nunca nos enganámos nas linhas, e fácil de perceber. Era um dos nossos receios na viagem, e correu sempre bem.
Assim que saímos do metro, uau, a nossa mandíbula caiu no chão (não literalmente, claro, seria doloroso). Tirando no Dubai, nunca tinha visto edifícios tão altos e em tão pouco espaço, e como estava nublado, nem o topo conseguíamos ver, o que ajudou imenso ao espanto maior.
Deixámos tudo no hostel, ficámos no YMCA Vanderbilt, que de bom só tinha a localização e a segurança, e seguimos directas para a Times Square, a mítica Times Square da televisão e do cinema.
Tudo era motivo para tirar fotografias, o táxi amarelo, as árvores na rua ainda com decorações de Natal, o fumo a sair das sarjetas, as montras de todas aquelas lojas conhecidas, os mil ecrãs à minha volta, todas as publicidades a espectáculos, filmes e às séries que vemos, a mítica loja dos M&Ms, os stands de comida de rua, e claro, milhentas pessoas a tirar fotos. E mais duas tinham acabado de chegar.
Adorei o ambiente e apetecia ficar só a olhar, quieta, a observar tudo à minha volta. Mas era tarde e tínhamos de voltar para ir dormir, que para o nosso relógio biológico já eram 3 da manhã e os próximos dias avizinhavam-se longos e noites curtas.
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