top of page
Home: Blog2
  • Foto do escritorRita Cardoso

Picos da Europa - dia 3

Atualizado: 13 de abr. de 2021

Arenas de Cabrales - Bulnes - Cangas de Onís - Covadonga


Aquela manhã, o despertador acordou-nos cedo e só queríamos dormir mais e estar no quentinho da cama. Mas depois de nos lembrarmos de onde estávamos e o que íamos fazer, a preguiça acabou. Levámos a Mobileta logo para o estacionamento ao lado do Funicular de Bulnes. Ali tomámos o pequeno almoço já mais descansados (desta vez com belas torradas e café) e preparámo-nos para o passeio. Era tão cedo que só havia mais uma família por lá e ainda tivemos de fazer tempo até à abertura. Mas mais à frente revelou-se uma decisão sábia. Este funicular liga as aldeias de Poncebos a Bulnes, num percurso de 2,2 km sempre a subir e dentro de um túnel e demora cerca de 7, 8 minutos. Não há qualquer tipo de vista para a paisagem. Para mais informações deste trajeto podes verificar aqui. O preço da viagem é uma das formas de rendimento local, por isso não se espantem com o valor elevado que pedem.



Assim que chegámos lá acima, foi logo de ficar de boca aberta. Árvores por todo o lado que davam lugar a montanhas despidas assim que se elevava um pouco, sol, silêncio, natureza infinita, uau. Que vistas. Estávamos a cerca de 600 metros de altitude, mas o tempo estava incrível e nem um pouco de vento fazia. Fizemos o percurso de cerca de 10 minutos que nos leva até à Aldeia de Bulnes, uma povoação com talvez 25 habitantes, e tão bonita, um ar pitoresco, muito arranjadinha, com flores, um riacho, duas pontes de madeira. E àquela hora com tão pouca gente, o som da água a correr, gatos, cabras e as vacas, vacas por toda a aldeia, à volta e até a passar por nós. Já viram uma vaca adulta a vir em direção a vocês? E mais do que uma? Pode ser uma experiência medonha, aviso já! Ahahah!



E como não me perder a tirar fotos naquela aldeia tão gira? Difícil. Mas decidimos fazer um pequeno trilho de 10 min, que levava a um miradouro mais acima, o Mirador de Naranjo de Bulnes. O caminho bastante acessível com não muito desnível, mas com algumas cabras que nos acompanharam nesta visita. Que vista imperdível ao chegar lá acima! As montanhas são imponentes com toda aquela rocha descoberta! Aproveitámos para fazer o reforço do pequeno almoço no miradouro enquanto tirávamos algumas fotos. E passados uns 15 minutos começou imensa gente a chegar e o nosso momento a sós tinha acabado, por isso resolvemos descer. Foi aqui que vimos que fizemos bem e chegar bem cedo!



Fizemos um caminho alternativo ao chegar perto da aldeia, para explorar um pouco mais de Bulnes e a zona menos turística. O que vimos por aqui? Muitas cabras, mais vacas, um senhor a esfolar um cabrito (prato servido nos restaurantes locais), casinhas de pedra transformadas em alojamentos locais, penso que dois restaurantes, mais gatos e cães e mais flores e os mais variados vasos, super giros. Como havia cada vez mais gente e a hora de almoço se aproximava, resolvemos ir embora. Eis que aconteceu, o grande susto da minha parte, ouço os chocalhos das vacas demasiado alto e perto de mim, aí vinham elas! Nunca tive medo de vacas, mas acreditem que metem muito respeito quando não há uma cerca pelo meio, nem estão à espera de as ver dirigirem-se a vocês. Ahahah! Mais uma história para a posterioridade.



Chegámos à Mobileta e fomos estacioná-la no mesmo local onde dormimos, e porquê? Porque íamos visitar os famosos Queijos de Cabrales e o estacionamento ao lado é praticamente inexistente, especialmente para um carro de grandes dimensões como o nosso. Mas também não ficava longe, 5 min a andar.

O local de visita dos Queijos de Cabrales (Cueva - Exposición del Queso Cabrales), está muito bem situado ao lado de um rio, uma ponte e muita natureza. Havia uma visita guiada prestes a começar e aproveitámos, aliás, esta é a única forma de visitar as grutas. O bilhete tem um preço simbólico para tudo o que se pôde ver e fazer. Inicialmente, o guia leva-nos a uma pequena sala onde fazem uma projeção sobre a história da zona, a história do queijo e o modo de fazer deste magnifico queijo. No final do vídeo, que maravilha, somos servidos com vários pratos de queijo, com diferentes tempos de cura e para acompanhar, um saboroso copo de sidra, bebida muito típica das Astúrias e que se puderem, vejam aqui a forma de ser servida, é muito interessante e cheia de tradição.



Depois seguimos para a segunda parte da visita, visitar as grutas onde estão os queijos, claro que eles têm muito mais grutas onde têm ainda mais queijo, estas são mais para efeitos de turismo, devido às variações de temperatura por causa das visitas e pessoas sempre a entrar e sair, mas ainda assim super interessante e muito giro de conhecer. Sem dúvida alguma, no final da visita comprámos uns belos queijinhos para levar connosco e acabámos por comer logo ao almoço! Acredito que nem todas as pessoas sejam apreciadoras deste queijo, é queijo com bolor, mas deviam provar pelo menos pela experiência. (Não tenho fotos do queijo, era tão bom que se comeu antes de tirar foto!)


A seguir ao almoço ainda demos uma voltinha pela vila de Arenas de Cabrales e também comprámos umas garrafinhas de sidra, claro que eram para oferecer. Claro…

De volta à estrada, desta vez até Cangas de Onís, onde procurámos um supermercado onde nos pudéssemos abastecer. Comprámos um belo peixinho para o jantar. Fizemos a vida na caravana quase como numa casa com cozinha normal.


De cangas de Onís, voltámos para trás, mas fomos em direção a Covadonga, já era final de tarde, mas ainda conseguimos aproveitar o tempo.


O que há para ver em Covadonga? Os maiores atractores de turistas de ali, a Basílica de Santa María la Real de Covadonga, uma Basílica muito gira, em especial no exterior, em que o tempo de visita teve de ser reduzido porque ia começar a ser celebrada uma eucaristia (verifiquem os horários antes de ir) e também a Santa Cueva de Covadonga. E esta sim, achei mais impressionante pela forma como foi construída/incluída na rocha, na Natureza, a cascata, e a construção toda em volta. Muito giro, vale a pena a ida. Existem autocarros turísticos de Cangas de Onís para Covadonga, que ali param no caminho para os lagos e, àquela hora estavam já a partir, pelo que não havia muita gente por ali.



Depois desta visita, estava na hora de jantar e ir procurar um sítio para pernoitar. Como em época alta não é permitida a subida aos lagos com veículo próprio entre as 8h30 e as 20h (dependendo da época do ano), resolvemos dormir perto da subida, num dos parques de estacionamento que estavam vazios (bastante reservado e no meio da natureza) e subiríamos de manhã cedo antes da hora de encerramento da estrada. Uma vez lá em cima, já se poderia descer a qualquer hora.

Fizemos o nosso peixinho grelhado e recolhemos, para na manhã seguinte voltar a acordar bem cedinho.


 

That morning, the alarm woke us up early, and staying warm in the bed was all that we wanted. But, as soon as we reminded where we were and what we were going to do, we quickly got up. We took Mobileta to the parking lot next to Bulnes Funicular. There we ate our breakfast (this time with toasts and coffee) and we got ready to the visit. It was early, there was one family around and we still had to wait till opening time. But it was wise to go this early. This funicular connects Poncebos to Bulnes, it’s 2,2 km all the way up, inside a tunnel and it takes 7 to 8 minutes. There are no scenic views. You can find more about this here. Expect a high price, because the funicular is part of the local income.


As soon as we got there, it was jaw dropping. Trees everywhere, and they gave place to naked mountains as soon as the elevation was higher, sun, silence, infinite nature, wow. What a sight! We were about 600m high, but the weather was simply amazing and not even a little breeze. We walked the 10 min trail that took us to Bulnes village, a place with probably 25 people, and so beautiful, so picturesque, very well taken care of, flowers everywhere, a creek, two wooden bridges. And at that time, almost no one around, the sound of running water, cats, goats and cows, a lot of cows in the village, even passing by us. Have you seen a full-grown cow coming towards you? And more than one? It can be quite scary, let me tell you! Ahahah!


How not to lose myself in such a cute village? Hard. But we decided to go to a sightseeing point, 10 min from the village. Easy path, little elevation gain and some goats all along the way, making us company. What an unbelievable view from up there. The imposing mountains with all that naked rock! We used that time to eat some snacks while taking some more pictures. 15 min later a lot of people started to arrive there and we decided it was our time to leave and go down. That’s why it was a good decision to start early in the morning. On our way back to the village, we took a different path to explore the less touristic area of Bulnes. And what did we see? A lot of goats, more cows, a man skinning a goatling (a typical dish served in the area), stone houses rebuilt as touristic accommodations, two restaurants, more cats and dogs, more flowers and all kinds of super cute flower pots. As more people were arriving by that time and it was close to lunch time, we decided to go back down. But in that moment, something happened, I started listening the cow bells really loud and close to me, and there they were. I was never afraid of cows, but believe me when I say, if there is no fence in between and you see them coming straight to you, you’ll think otherwise. Ahahah! One more funny story for the future.


Arriving to Mobileta, we went to park it in the same place where we slept, and why? Because we were going to visit the famous Cabrales’ cheeses and the parking lot is practically nonexistent, especially for a big car like ours. And it was close by, only 5 min walking on the roadside.


Cabrales’ cheese, Cueva - Exposición del Queso Cabrales is very well situated next to a river, a bridge and a lot of green. There was a guided visit about to start and there we went (this is the only way to visit the caves). The ticket price is very symbolic, especially if you have in mind all that is included. Initially, the guide, takes us to see a small movie about the area’s history, the cheese history and it’s made. In the end, and this was one of the highlights for me, you are served some plates with cheese, with different maturing times, and surprise, a glass of delicious cider, a very typical Asturian drink. If you can, watch how they serve it, it’s very interesting and full of tradition.


After this, we follow the guide for the second part of the visit, the caves where the cheese is left to mature. Obviously, this is only a touristic one, and they have many more where they keep most of the cheese, cause this one has more temperature variations of people always coming and going. But still super interesting to see all the process and how it’s made and kept. Of course, we went to buy some cheese in end to take with us and we ate it for lunch! I believe not everyone will want to try this cheese, because It’s a moldy one, but you should try, at least for the experience.


After lunch, we went for a walk in the village, Arenas de Cabrales, and yes, we also bought some cider’ bottles. For gifting… Sure…

Back on the road, this time to Cangas de Onís, we searched for a supermarket where we could buy some food. And this time we bought some fish for dinner. We cooked in our motorhome, almost like we were in a normal house kitchen.


From Cangas de Onís, we went back, but this time on Covadonga direction, it was late afternoon, but we still managed to take the time to visit some more.

What’s there to see in Covadonga? The main attractions were, a Basílica de Santa María la Real de Covadonga, a nice basilica, specially the outside, but check the times before going, because we had to cut our time short due to a mass starting soon. And we also went to Santa Cueva de Covadonga, and this one really impressed me. It’s built and somewhat included in the rock, in the Nature, the waterfall, and all the construction around. It was really nice to see and it’s worth the visit. There wasn’t a lot of people at that time, as the big part of the buses were already leaving. You can find touristic buses that take you from Cangas de Onís to Covadonga on the way to the lakes.


After visiting all this, it was dinner time and we had to find a nice place to stop Mobileta. At high season times it’s not allowed to drive your own vehicle to the lakes between 8h30 and 20h (depending on the time of the year), so we decided to sleep close to the road to go up and we would drive up early in the morning before they closed the road. Once up there we could come down at any time.

We slept in a parking lot, very cozy and empty, in the middle of the trees. We grilled our fish and went to sleep. We had to wake up really early the next morning.


110 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Tens perguntas?

  • instagram

Segue-me no Instagram

Thanks for submitting!

Iceland
Home: Contact
bottom of page