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  • Foto do escritorRita Cardoso

Kjölur - Kerlingarfjöll e Hveravellir

Atualizado: 24 de nov. de 2022

Para continuar a nossa viagem e mostrar aos pais do Pedro o que de melhor há nas Highlands, decidimos que iríamos atravessar a ilha de Sul para Norte pela famosa Kjölur ou Kjalvegur road (estrada F35). São 168 km pelo interior da Islândia, com início na cascata Gullfoss (pela Ring Road ou estrada nº1) e termina perto de Blönduós (na estrada 731).



É a segunda estrada mais comprida pelas Highlands e demora cerca de 5 horas a completar a travessia, e recomenda-se a ser feita com um jipe 4x4 no mínimo. Fazendo esta rota, atravessamos entre dois glaciares, o Langjökull (onde fizemos snowmobile) e o Hofsjökull, vemos também alguns lagos glaciares, com água caracteristicamente azulada lamacenta, quase barrenta, devido a toda a cinza, e farinha de terra que o glaciar empurrou e desfez.


Assim que entramos nesta estrada, vemos toda a paisagem a mudar, para algo que ainda não vimos na Islândia, parece um deserto de pedras, cor cinzenta por todo o lado, e apesar do tímido sol no céu azul com algumas nuvens, o ar foi-se sentindo mais fresco.



À medida que fomos avançando, começámos a ver uns picos com alguma neve, a nossa primeira paragem estava a chegar, o parque de campismo em Ásgarður onde íamos passar a noite, e Kerlingarfjöll.



Kerlingarfjöll, significa as Montanhas da Mulher, e segundo lendas antigas acredita-se que as montanhas tenham sido uma mulher troll. Trolls ou não antigamente, a verdade é que nesta visita não vimos nenhum. :)


Em vez disso, fomos visitar a área geotermal, parecida em cores com Landmannalaugar devido à riolite, e com as fumarolas mais intensas que vimos. É uma área lindíssima, com cursos de água fria e quente no fundo do vale, cores e cheiros intensos, com pontes e escadas a indicarem mil caminhos diferentes para poder explorar todo o local. O tempo muda imenso aqui, até eram conhecidas como "as montanhas do mau tempo" e na nossa primeira tentativa, estava tanto vento que não nos sentimos à vontade para descer as escadas lamacentas, numa passagem tão estreita, mas como tínhamos luz solar até bastante tarde, fomos descansar um pouco e aguardar que o vento acalmasse e fomos bem sucedidos na 2ª tentativa.



Um dos melhores aspectos desta zona e que também ajudou a que voltássemos a visitar, foi o facto de haver muito menos turistas do que em outras áreas da Islândia, sendo que a maioria dos turistas, são na verdade pessoas que vão fazer as caminhadas que existem na zona (47 km, 11.2 km, 7 km e 3 km).


Uma das actividades que queríamos fazer, era tomar banho na hot spring, mas as indicações e a escassez de mapas da região tornaram a tarefa impossível naquele dia. Só quando revisitámos Kerlingarfjöll é que conseguimos efectivamente encontrar a hot spring (é necessário caminhar cerca de 20 minutos até lá, a partir do parque de campismo) e apesar de a água não estar muito quente, devia rondar os 30º-34ºC passámos lá um bom bocado, difícil é sair e voltar a vestir com o frio!


No dia seguinte, deixámos as cores vibrantes de Kerlingarfjöll para trás para voltar ao cinzento das pedras, com os glaciares a ficarem para trás. Por fim, começámos a encontrar alguns autocarros, mais carros, mais turistas e chegámos a Hveravellir, um pequeno oásis no meio do deserto com água geotermal, fumarolas e mud pots, incluindo uma pequena turf house, ovelhinhas a comerem erva e uma hot spring.

Apesar de ser um local interessante, quer pela paisagem e quer pela actividade geotérmica, como já tinha uma quantidade imensa de turistas tornou-se um pouco claustrofóbico.




O balanço final desta travessia foi muito positivo, e já fizemos parte do percurso outras vezes. Todos adorámos experienciar esta parte da Islândia com que ainda não tínhamos tido contacto, e foi uma óptima introdução para os pais do Pedro do que realmente é o centro da Islândia.

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