E ao dia 3, o Sol sorriu para nós, demorou mas chegou.
Com um belo bagel com queijo creme e doce na barriga, decidimos que o nosso dia ia começar novamente na Brooklyn Bridge, um repeat com sol em vez de chuva e nevoeiro.
A Grand Central Station esperava por nós novamente e fizemos o mesmo percurso da manhã anterior. Chegámos ao inÃcio da ponte meia hora antes do que no dia anterior (à s 8h30) e o drama, a tragédia, o horror!! Turistas como nós em todo o lado!! Onde estavam ontem? Com medo da chuva, a fazer programas mais de interior?
Bem, a ponte é bonita e a paisagem também, mas confesso que gostei mais do misticismo e da solitude que o nevoeiro lhe deu na nossa primeira visita, mas tivemos sorte em podermos ter visitado duas vezes, assim deu para comparar. :)
A visita à ponte foi rápida e dirigimo-nos então para o sul de Manhattan, havia uma senhora à nossa espera, até nos piscou o olho quando estávamos na ponte. Apanhámos o metro e saÃmos em busca do ferry. Aqui então existem duas hipóteses de visita à Estátua da Liberdade, os cruzeiros de 1h ou 1h30 até Ellis Island, com possibilidade de desembarcar ou não, custando em média $20 a $50 (o barco apenas) e depois temos a hipótese low cost em que há um ferry gratuito para Staten Island que por acaso na sua rota passa mais ou menos perto da Estátua e pode-se aproveitar para tirar umas fotos. Na minha opinião, e para o tipo de viagem express que estávamos a fazer, fez-me sentido o ferry gratuito, e até porque o outro cruzeiro pareceu-me que estava demasiado perto da estátua, dificultando uma boa perspectiva para tirar foto. Enquanto no ferry, com uma lente de zoom, consegui tirar fotos que me satisfizeram e poupei uns trocos. Este ferry sai de 30 em 30 minutos tanto de Manhattan como de Staten Island (em hora de ponta sai de 15 em 15 minutos) e tem uma duração de 25, 30 minutos, e conseguimos chegar e apanhar o mesmo ferry de volta para Manhattan. Rápido, barato e boa vista, ficámos contentes com a nossa escolha, claro.
Apesar do lindo Sol, estava frio devido ao vento, caminhámos até ao Starbucks mais próximo para uma bebida quente, aà ganhei uma nova madrinha, pois o meu novo nome é "Dreta". Vá-se lá perceber...
Deixando madrinhas para trás, começámos a nossa caminhada pela mÃtica Wall Street. Novamente me voltei a sentir naquelas séries dos corretores de bolsa, ou de advogados, todos de fato e gravata com os seus motoristas, aqueles arranha-céus incrivelmente gigantes, de dar dores de pescoço e no maxilar de tanto os admirar, aquelas faixas pretas electrónicas com os números verdes e vermelhos que vemos sem perceber nada. No entanto, era Domingo, e não se via muita gente na rua, mais turistas do que locais, mas o ambiente estava lá.
E o que deixámos para fazer, pois estava encerrado? Highline! Foi para lá que fomos a todo o vapor, de metro, claro, os nossos pés ainda estavam em recuperação do dia anterior. Antes de subirmos avistei umas lojas que adoro e não podia deixar de entrar, a Columbia, Asics, a Patagonia. Mas como já previa, foi nesta última que comprei duas t-shirts (uma para mim e outra para o Pedro), pois cada vez gosto mais do compromisso ambiental desta empresa, sem perder, muito pelo contrário, na qualidade dos produtos.
Subimos então ao antigo caminho de ferro, agora com passadiços e jardins e também algumas obras de arte. Como estava entre vários edifÃcios e tinha alguma vegetação não se sentia tanto o vento e o frio como umas horas antes e na verdade, talvez o vento tenha acalmado um pouco também, o que deu para apreciar ainda mais este passeio que parecia uma New York diferente, menos betão, mais madeira e plantas (ainda que seja Inverno). Também aqui havia bastantes turistas, e para surpresa minha bastantes brasileiros, mas mesmo assim não estava sobrelotado que não se pudesse andar à vontade.
Este passeio terminou e muito bem, em frente a um centro comercial, Hudson Yards, onde uma nova atracção arquitectónica foi construÃda e abriu recentemente ao público, The Vessel, uma estrutura tipo colmeia, de 154 lanços de escadas com 16 andares que levam a lado nenhum. Ahahah Só para ser giro e subir até lá acima. É uma estrutura bonita e para os mais criativos pode dar umas fotos interessantes. Nós vimos tanta escada, e a ideia de subir nem nos passou pela cabeça. Fomos ao centro comercial ver as vistas e aproveitar a casa de banho.
Faltava agora, um dos highlights da cidade, o incrÃvel Empire State Building. Caminhámos pela incrÃvel 34th Street, local do desfile da Macy's, os dois lados da rua repletos de lojas, cores por todo o lado, todas as marcas que conheces ali representadas naquele bocadinho de rua, pessoas com sacos de compras a passar, claro que tivemos também de ir comprar qualquer coisinha, para nos passearmos também com sacos de compras. Na verdade, fomos foi comprar uns ténis da Skechers, pois os nossos pés já mereciam.
À medida que nos aproximávamos do imponente Empire State Building, ficámos cada vez mais entusiasmadas, finalmente, nem acreditava que eu, Rita, estava ali em New York, prestes a visitar o Empire State Building!!! Estávamos preparadas com o bilhete na mão, mas também preparadas para esperar horas na fila para poder subir, entrámos, subimos umas escadas, passámos as coisas num detector de metais, e questionámo-nos, onde começava a fila? Andámos mais um pouco, entrámos num museu do edifÃcio, como tinha sido construÃdo, que filmes foram feitos ali, com direito a fotos na mão do King Kong, fotos de pessoas famosas que ali tinham passado, tudo muito giro, mas sem sinal da fila. Eis que chegámos aos elevadores e surpresa, não havia fila! O elevador estava de portas abertas para nós! A sorte estava connosco, pois havia muito pouca gente no miradouro e pudemos tirar fotos à vontade sem pressas e sem emplastros. :)
A vista lá de cima, 86º andar, é simplesmente surreal, as minhas vertigens deram um pouco de sinal, mas é tudo tão seguro e espaçoso que consegui reverter e aproveitar! Estar ali tão alto, no meio da cidade, observar todos aqueles arranha-céus, reconstituir os passos que já tÃnhamos dado lá em baixo, Wall Street lá ao fundo, as pontes, a pontinha do Central Park que ainda nos esperava, que sensação incrÃvel mesmo. Devo dizer que existem aquecedores a toda a volta do miradouro e apesar de tão lá no alto, em pleno Inverno, no exterior, não se sentia o frio, estava super agradável.
Depois de 500 fotos, e mais 1000 selfies voltámos à Terra, com toda a excitação eram já 16h e ainda não tÃnhamos almoçado. Era a vez da Ewa escolher o restaurante e ela queria comida japonesa, como devia haver bastantes, pusemo-nos na 5a Avenida e começámos a procurar. Encontrámos o Kombini, e que maravilha, a comida era deliciosa e saÃmos de lá a rebolar de tão cheias que ficámos.
Continuámos 5a Avenida fora, a observar tudo e todos, o trânsito nas ruas largas e de um só sentido, o sol a pôr-se por entre os edifÃcios, até chegarmos de volta ao hotel.
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